Um estudo realizado com trabalhadores britânicos apontou a relação direta entre as longas horas de trabalho e os distúrbios do sono. O objetivo era examinar se a exposição a cargas extensas de trabalho poderia gerar perturbação do sono, estado de vigília, sono curto e dificuldade para adormecer. Além disso, a pesquisa também avaliou se os empregados que vivenciam jornadas pesadas de trabalho conseguem acordar revigorados após uma noite de sono.
Para realizar o estudo, foram selecionados trabalhadores em tempo integral, livres de distúrbios do sono, com jornadas de mais de 55 horas por semana e com jornadas de 35 horas de trabalho por semana. Os pesquisadores realizaram uma comparação dos resultados destes dois grupos profissionais e descobriram que os funcionários com cargas mais longas estão sujeitos a uma série de doenças físicas e mentais.
Resultados da Pesquisa
O estudo apontou que trabalhar longas horas parece ser um fator de risco para o desenvolvimento de dificuldade para adormecer e de distúrbios do sono. Também foram encontradas evidências de que as pessoas que trabalham longas horas apresentam mais sintomas de fadiga.
Os resultados dessa pesquisa ajudaram os cientistas a avaliar os distúrbios do sono como consequência das horas de trabalho. As associações entre a jornada e os problemas de sono podem afetar de forma diferente as pessoas, levando-as a diversas condições prejudiciais para a saúde física e mental.
Outros estudos recentes mostraram ainda uma associação entre as longas horas de trabalho, a má qualidade do sono e o infarto do miocárdio. De uma forma geral, pessoas que trabalham mais de 55 horas por semana podem desenvolver distúrbios de insônia, além de terem um risco aumentado de transtornos psicológicos e de doenças físicas. Os diagnósticos mais comuns estão relacionados aos problemas de humor, à ansiedade e aos transtornos depressivos.
As longas horas de trabalho também levam a doenças como a apneia do sono. Os resultados da pesquisa indicam que as jornadas extenuantes podem ser extremamente prejudiciais para os funcionários, afetando, inclusive, o rendimento e a produtividade no desempenho de suas funções profissionais.
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Excesso de trabalho e doenças cardíacas
O estudo britânico evidencia a necessidade de as empresas respeitarem os limites dos trabalhadores e as leis trabalhistas que determinam a obrigatoriedade do descanso remunerado na semana. As folgas são especialmente importantes para os funcionários que trabalham em esquemas de turnos, variando os horários de entrada e saída das empresas a cada semana.
Fonte: Ncbi.