Em nossa cultura, fomos capazes de absorver muitas informações sobre os dinossauros. Referências a existência desses animais gigantes estão em nosso cotidiano, de diversas formas: no currículo escolar, em brinquedos, roupas, desenhos animados, livros, filmes, etc. Desde muito pequenos, somos apresentados ao que foram os dinossauros, como foi feita a descoberta sobre esses animais e o que eles representam para a humanidade atualmente.
Seja por um motivo ou por outro, existe um crescente interesse em dinossauros, que sempre se renova através de uma descoberta nova, um produto novo, ou algo do tipo. No entanto, enquanto sociedade, falhamos em estudar um pouco mais sobre o que existia no planeta naquele tempo. Por exemplo, você sabia que ainda existem plantas mais antigas que os próprios dinossauros? É possível que você nunca tenha ouvido falar nisso, mas esse não é um problema individual, mas muito mais global, que atinge muito mais pessoas.
Essas plantas pertencem a família da cicadácea, que você provavelmente já viu em algum lugar. São planta muito usadas em paisagismo por possuírem manutenção simples, mas isso não significa que elas existam em tanta abundância quanto provavelmente seria esperado. As cicadáceas, na realidade, estão em risco de extinção. Isto é, as plantas ainda existentes estão em número consideravelmente menor do que é considerado adequado e podem ser reduzidas a zero, deixando de existir.
As cicadácea são consideradas plantas muito resistentes (e não é por menos). O caule apresenta uma aparência robusta, firme e que depois se desmembra em folhas igualmente firmes. Um olhar desatento pode até te levar a confundir a planta com uma palmeira. Apesar da aparência grosseira, essas plantas possuem uma grande porcentagem de água em sua composição e serviam de alimentos para dinossauros herbívoros.
Embora sejam plantas muito resistentes, as cicadácea estão correndo risco de extinção e a ação humana tem grande parte nesse problema. Como dito anteriormente, essas plantas são muito valorizadas no mundo do paisagismo e isso significa que existe uma grande procura por ela. Consequentemente, também existe um mercado especializado em retirar estas plantas de seus habitats naturais para vende-las. Além disso, existe também o fator climático ambiental, que tem sofrido alterações incalculáveis e muito por conta da ação humana.
A paleontologia, que estuda o período paleolítico, possui uma área inteira dedicada a botânica daquele período e é essa área que estuda a origem das cicadácea. Acredita-se que elas sejam ainda mais antigas que os dinossauros e tenham recebido uma “ajudinha” deles para se proliferarem pela superfície terrestre. O que chama a atenção é que, mesmo ao longo de todos esses milhões de anos, as cicadáceas não interromperam seu processo evolutivo. No entanto, mesmo com essa capacidade evolutiva, essas plantas tem enfrentado dificuldade para se adaptarem ao mundo moderno, exatamente por conta da ação humana. Estima-se que as cicadáceas estejam sobre a terra há 280 milhões de anos, a maior parte desse período sem precisarem lidar com o ser humano. Por conta disso, talvez seja hora do ser humano encarar a necessidade de preservar essas espécies.
