Algo curioso, e um pouco assustador, aconteceu na cidade de Woodland, localizada no condado de Northampton, na Carolina do Norte.
A cidade, de acordo com o US Census Bureau, conta com cerca de 57 mil habitantes, se opôs, terminantemente, à proposta da empresa Strata Solar para construir uma fazenda de energia solar ao longo de uma de suas estradas.
O motivo? Eles têm receio de que os painéis suguem a energia solar, impedindo a fotossíntese e o desenvolvimento natural das plantas.
O jornal The Independent entrevistou um dos moradores, Bobby Mann, que se mostrou bastante convencido a respeito do impacto negativo que os painéis solares iriam causar na agricultura da região.
Uma professora de ciências reformada, chamada Jane Mann, externou outra preocupação: ela relaciona alguns casos de câncer, ocorridos em outras comunidades, à proximidade aos painéis solares.
Em comunicado oficial, a empresa Strata Solar garantiu que os procedimentos são absolutamente seguros, sem qualquer impacto negativo, mas os habitantes da pequena cidade de Woodland não se convenceram e rejeitaram solenemente a instalação dos painéis.
Nos Estados Unidos ainda existem muitas comunidades que apresentam sérias dificuldades em aceitar o novo e encarar a ciência como um avanço para a humanidade. Esse comportamento tem forte relação com as crenças religiosas dessas pessoas, que enxergam os cientistas como inimigos do cristianismo, e rejeitam a própria teoria da evolução de Darwin.
Outros feitos científicos comprovados não passam de boatos para pessoas que não acreditam na ciência. Até hoje existem pessoas que não acreditam que o homem foi à lua. E há um grupo organizado que questiona o formato elíptico da Terra, para eles Galileu estava redondamente enganado!
Mas, como funcionam os painéis solares e porque é possível afirmar que são 100% seguros?
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que existem duas formas diferentes de reaproveitamento. A primeira é utilizando a luz solar apenas para aquecimento, nesse caso é usada uma placa de superfície escura que absorve os raios solares e os transforma em calor. A segunda é converter diretamente a energia solar em energia elétrica. Para isso, são construídas placas compostas por células solares produzidas com materiais semicondudores, como o silício. Essas células são chamadas de fotovoltaicas.
O processo de transformação de energia solar em energia elétrica ocorre quando os fótons (partículas de luz solar) colidem com os átomos contidos na placa, estimulando o deslocamento dos elétrons e formando, assim, uma pequena corrente elétrica que pode ser direcionada conforme a necessidade.
Esse processo envolvendo células fotovoltaicas foi consequência dos estudos realizados pelo físico alemão Heinrich R. Hertz, em 1887.
Hoje em dia é muito comum utilizar a energia solar para alimentar equipamentos eletrônicos. Cada metro quadrado de placa coletora é capaz de fornecer 170 watts, algo em torno da energia suficiente para acender três lâmpadas comuns de 60 watts.
Por ser ilimitada e totalmente renovável, a energia solar consiste em uma das energias limpas mais economicamente atrativas e ecologicamente corretas.
Para realizar a extração não é necessária a queima de combustíveis fósseis, não produz poluição sonora e são praticamente livres de manutenção.
Esperamos que um dia, o pequeno povoado de Woodland, possa abrir suas mentes e aceitar os avanços da ciência como sendo os verdadeiros milagres que o próprio homem é capaz de realizar.
Referências:
Mundo estranho, Pt Jornal e TVi 24.