Muitos pais enfrentam a difícil polêmica sobre dar ou não um smartphone para os filhos. Essa é realmente uma questão delicada e que merece a atenção da família, pois, apesar de ser um importante instrumento de comunicação, o smartphone também pode ser uma porta de entrada para o perigo, para conteúdos inadequados para menores e até para a pedofilia.
Existe uma discussão entre especialistas sobre a idade ideal para presentear um filho com um smartphone. Alguns estudiosos acreditam que aos 9 anos, a criança já consegue utilizar o aparelho com certa habilidade, mas ainda falta consciência sobre os riscos envolvidos na conexão à internet e, principalmente, às redes sociais.
Como tomar a decisão?
Em primeiro lugar, para que uma criança utilize um smartphone com segurança é preciso muita conversa entre pais e filhos. A educação precisa começar desde cedo, a fim de minimizar os riscos.
Depois, vale a pena avaliar o nível de responsabilidade e entendimento da criança. Na maioria das famílias, a decisão é particular, e depende da cultura e do perfil familiar. Entretanto, é sempre bom conversar com um especialista antes de tomar a decisão final.
É importante pensar que as crianças não usam o smartphone para ligações, mas sim para jogar, ter acesso à internet, escutar músicas e assistir vídeos. Pesquisadores do Núcleo de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) informam que a internet é potencialmente perigosa para as crianças e reduz muito o controle dos pais sobre os filhos. Conteúdos impróprios e contato com estranhos são as principais situações de risco.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que existe um consenso de que a idade ideal para dar um smartphone ao filho é a partir dos 12 anos de idade. Mesmo assim, o contato com a tecnologia precisaria de constante monitoramento dos pais.
Os dispositivos móveis estão dividindo opiniões entre especialistas, educadores e pais. Uma forma de oferecer o smartphone com mais segurança é empregar sistemas de bloqueio a alguns tipos de serviços e conteúdos. O ideal é presentear a criança com o aparelho quando ela for mais velha e responsável.
Para que o smartphone seja usado com cautela também é preciso vigilância para que a criança não passe muito tempo nos jogos e aplicativos e deixe de lado as brincadeiras e os estudos.