Diante de um aumento do número de casos globais, o Brasil começa a ter seus primeiros casos suspeitos da Varíola dos Macacos. Segundo informações oficiais, o estado de Santa Catarina investiga um caso suspeito. O caso é de uma mulher de 27 anos, no município de Dionísio Cerqueira, segundo informações do Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE-SC). Ainda segundo informações divulgadas pelo DIVE, a mulher começou a ter sintomas no último dia 24 e a lista inclui linfonodomegalia e febre, astenia, mialgia, disfagia e erupções cutâneas agudas do tipo papulovesicular. A paciente chegou a ser internada e, neste momento, aguarda resultados de testes.
A investigação do caso esta sendo conduzida pelo Laboratório Central de Santa Catarina, Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina e Secretaria Municipal de Saúde, sempre com apoio do Ministério da Saúde. Até o momento, o caso esta sendo listado como suspeito e o estado segue sem casos confirmados da doença. Até o momento, segundo informações do Ministério da Saúde, apenas os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará estudam casos suspeitos.
No Rio Grande do Sul, o paciente veio de viagem internacional no último dia 10. O paciente veio de Portugal e começou a manifestar sintomas, inclusive as lesões cutâneas que são a principal marca da doença. Nos últimos dias, o paciente apresentou melhora do quadro clínico e, neste momento, segue resultando o resultado de exames que podem confirmar ou descartar o diagnóstico de Varíola dos Macacos.
MEDO DE NOVA PANDEMIA
O aumento no número de casos de Varíola dos Macacos acabou gerando uma onda de preocupação em relação ao que o vírus pode provocar. Ao contrário da covid-19, no entanto, a doença é bastante conhecida pela ciência e já muito comum em alguns países da África e Ásia. Segundo especialistas, apesar do receio de uma nova pandemia, o vírus por trás da Varíola dos Macacos dificilmente teria capacidade de causar uma situação semelhante a da covid porque tem um potencial de contágio inferior.
Ainda assim, o número de casos “furou a bolha” e chegou aos seguintes países, segundo a OMS: Suíça, Suécia, República Tcheca, Reino Unido, Portugal Itália, Israel, Holanda, França, Finlândia, EUA, Espanha, Eslovênia, Emirados Árabes, Dinamarca, Canadá, Bélgica, Áustria, Austrália e Alemanha. Na América do Sul, a Argentina foi o primeiro país a confirmar casos da doença e, até o momento, o número é de dois diagnósticos confirmados.
A OMS se manifestou nesta segunda-feira (30), afirmando que “a situação está evoluindo rapidamente e a OMS espera que haja mais casos identificados à medida que a vigilância se expande em países não endêmicos, bem como em países conhecidos como endêmicos que não relataram casos recentemente”.
Apesar de muitos especialistas acreditarem que a Varíola dos Macacos não vai levar a um quadro pandêmico, o risco não foi totalmente descartado e as autoridades em saúde já começam a observar a situação com um pouco mais de cuidado. A boa notícia é que, apesar do aumento do número de casos, ainda não há confirmações de mortes pela doença, até o momento.