A covid-19 foi observada pela primeira vez ainda em 2019, quando um médico e pesquisador chinês tentou alertar o governo do país. Li Wenliang não foi levado a sério pelo país e acabou sendo punido pelo alerta, mas logo o governo chinês precisou admitir que havia, de fato, um novo vírus se espalhando. Aquela foi a primeira vez que o mundo teve notícia da Sars-Cov-19, mas não seria a última.
De 2019 para cá, o vírus alcançou as previsões de infectologistas e demais especialistas, se tornando uma pandemia completamente fora de controle. Muitos países até tiveram resultados positivos no controle da doença, registrando números baixos de morte. No entanto, todo mundo foi afetado. Isso porque a única saída para evitar mortes é através de um rígido agrupamento de medidas que incluem: isolamento de infectados, distanciamento social, testagem em massa, lockdowns… E tudo isso significa, de um jeito ou de outro, a interrupção temporária da vida.
Como sempre explicado por especialistas, a única verdadeira forma de lutar contra um vírus é através de vacina. A humanidade tem provado isso ao longo das últimas décadas. Especialmente vírus, como a covid-19, com alto poder de contágio. Nesses casos, você pode retardar ao máximo e controla-lo, mas nunca se livrar dele.
Assim, desde de o primeiro semestre de 2020, diversas instituições se dedicam ao desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Os primeiros imunizantes começaram a ficar prontos ainda no ano passado, mas a velocidade em que a vacina é produzida é inferior a velocidade que o vírus avança. O grande problema disso é que a principal característica dos vírus é sua tendência à evolução.
Os grandes epicentros da covid-19 no mundo, o que lamentavelmente inclui o Brasil, acabam fazendo um grande desserviço neste ponto. Com o grande volume de contágio, o vírus tem um ambiente perfeito para evoluir e até o momento, já existem mais de 7 variantes do vírus, sendo a Delta a mais perigosa delas.
A variante Delta tem sido dor de cabeça para países, como Reino Unido e Israel, que já estão avançados na vacinação e vinham retomando a vida “normal”. No entanto, o risco de um novo surto tem sido levado muito a sério. Uma questão extremamente importante que acaba sendo levantada nesse tema é: qual a eficácia das vacinas já distribuídas conta a variante Delta? No Brasil, estão sendo aplicadas: Janssen, CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer.
- Pfizer: 1 dose: 33%; 2 doses: 88%
- AstraZeneca: 1 dose: 33%; 2 doses: 67%
- Janssen: 67%
Das quatro, apenas a CoronaVac ainda não tem estudos mais profundos quanto a eficácia contra a variante. Ainda assim, especialistas defendem que o imunizante seja mantido no plano de vacinação, já que é eficaz contra casos graves e reduz o número de mortes.
A vacinação já começou a apresentar resultados em muitas regiões do Brasil, especialmente em municípios com mais da metade da população vacinada. Apesar do número de novos casos não ter diminuído de forma brusca, o número de mortes já reflete uma mudança. O Brasil chegou a registrar mais de 2 mil mortes diárias e agora tem conseguido uma “estabilidade” com uma média móvel abaixo de mil mortes.