Uma pesquisa recente afirma que o Buraco da Camada de Ozônio sobre a Antártida pode estar finalmente se fechando. Essa melhoria é resultado das três décadas passadas depois da assinatura do Protocolo de Montreal, que proibiu o uso de produtos químicos que destroem a camada.
A iniciativa de proibir o uso de gases clorofluorcarbonos em refrigeradores e frascos de spray partiu de estudos de dois cientistas que primeiro revelaram o perigo dos produtos químicos, em 1974.
Segundo Sherwood Rowland e Mario Molina, da Universidade da Califórnia, os gases clorofluorcarbonos utilizados em refrigerantes eram, na época, extremamente prejudiciais à camada de ozônio. Em 1995, os dois químicos foram agraciados com o Prêmio Nobel por suas pesquisas sobre CFCs.
Em 1985, um grupo de pesquisadores britânicos avistou um enorme buraco na camada de ozônio no hemisfério sul, desencadeado por acumulações de CFC. Com a camada de ozônio comprometida, a radiação solar se torna mais prejudicial ao planeta e aos seres humanos, aumentando o risco de câncer de pele.
Depois que o Protocolo de Montreal determinou a eliminação progressiva desses produtos químicos, em 1 de janeiro de 1989, quarenta e seis países assinaram o protocolo e 196 o ratificaram. O ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, chamou o tratado de acordo internacional de maior sucesso da história.
Dados Atuais sobre a Camada de Ozônio
Agora, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts encontrou evidências de que o buraco da camada de ozônio pode estar melhorando e reduzindo o seu tamanho. O estudo foi publicado em 30 de junho, na revista Science.
Uma das autoras do estudo, chamada Susan Solomon, cientista do clima do MIT, nos Estados Unidos, disse que os pesquisadores vasculharam dados sobre a camada de ozônio com o uso de satélites e balões meteorológicos.
Em seguida, a equipe de pesquisa comparou os dados com modelos de computador para prever a evolução do ozônio ao longo dos anos. Os cientistas descobriram que, em setembro de 2015, o buraco da camada de ozônio se tornou menor do que nos anos anteriores.
Cálculos dos cientistas mostram que o buraco da camada diminuiu mais de 4 milhões de quilômetros quadrados ao longo das últimas décadas.
Créditos da imagem: NASA/Goddard Space Flight Center
Fonte: Dispatch Review, Imagem: Nasa.