Famosa no meio científico, Henrietta Lacks nasceu em Roanoke em 1 de agosto de 1920. Era descendente de escravos e trabalhava numa lavoura de tabaco para sustentar cinco filhos. Por volta dos 30 anos de idade, Lacks começou a sentir fortes dores no útero, condição que tentou a todo custo esconder da família.
Com o avanço da enfermidade e consequente hospitalização, Henriquetta foi diagnosticada portadora de uma espécie nunca vista de tumor cervical. Sem o seu consentimento, suas células foram enviadas a um pesquisador do Johns Hopkins Hospital e passaram a ser cultivadas em laboratório.
O fato chamou atenção da comunidade científica por se tratar de um câncer que produzia metástases incrivelmente rápidas, numa velocidade nunca antes observada. A doença foi tão agressiva que Henriquetta Lacks veio a óbito em 4 de outubro de 1951.
No entanto, suas células ainda estão preservadas em laboratório, servindo como matéria-prima para diversos estudos sobre a longevidade. Mesmo fora do corpo de origem, as células continuam a se reproduzir como se estivessem vivas.
Essa linhagem de células foi batizada de HeLa, em homenagem à doadora, e são consideradas imortais por serem capazes de se dividir compulsoriamente, de forma ilimitada, desde que as condições apropriadas sejam mantidas.
Crédito da foto: Wikimedia
Veja também: