Ciências

Homem dragão: cientistas descobrem nova espécie humana

Embora nem sempre seja algo que lembramos, para a ciência, o ser humano nada mais é do que um animal. Pode não ser uma afirmação muito agradável de se fazer, mas é a verdade. O ser humano é apenas mais uma das milhares de espécies animais que existem no mundo. Isso significa dizer que os cientistas estudam vários aspectos da humanidade a partir deste ponto de vista, inclusive a evolução.

Ao longo de décadas de estudo e descobertas incríveis, a ciência foi capaz de estabelecer um “retrospecto” da evolução humana. Essa inclusive é uma grande “polêmica” para alguns, especialmente quando religiosidade acaba sendo envolvida. Afinal de contas, essas descobertas, em grande maioria fósseis, mostram que o “homo sapiens” é apenas um entre outros.

Inclusive, por muito tempo, o de “neandertal” vinha sendo tratado como a “espécie humana” mais próxima dos “homo sapiens” (como a ciência chama a nós mesmos). No entanto, uma descoberta chinesa promete colocar essa teoria para debate. Batizado de  Homo longi, ou “Homem Dragão”, essas pode ser a espécie humana que antecedeu o “homo sapiens”.

O crânio em questão recebeu o nome de “Crânio de Harbin”, por ter sido encontrado na cidade. Desde o ano de 1930, existem documentos registrando esse crânio. No entanto, o artefato acabou sendo escondido por todos esses anos e agora, quase 100 anos, finalmente foi entregue aos cientistas, sendo submetido a análise.

O professor Ji Qiang, da Universidade Hebei GEO, recebeu o crânio ainda no ano de 2018. De lá para ca, diversos testes e análises foram colocados em prática, a fim de estipular com exatidão algumas das informações a respeito do artefato. Para o professor, este crânio representa uma descoberta sem precedentes.

Segundo as nossas análises, o grupo Harbin está mais próximo do Homo sapiens do que os Neandertais, isto é, os Harbin partilhavam um antepassado comum mais recente conosco do que os Neandertais“, afirmou Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres, um dos pesquisadores envolvidos na descoberta.

A descoberta foi pauta de artigos publicados na na revista The Innovation, dos quais Chris é um dos autores. Estes artigos trazem alguns detalhes sobre o crânio encontrado, que mostram o quão interessantes são as descobertas. De acordo com a descrição oferecida pelos pesquisadores, o crânio era capaz de abrigar um cérebro de tamanho semelhante aos nossos. No entanto, outras características provam que se trata de uma espécie nova: os globos oculares eram muito grandes, assim como as sobrancelhas, descritas como muito grossas, dentes muito grandes e uma boca larga.

Segundo os estudos, o crânio tem, pelo menos, 146 mil anos (Pleistoceno Médio). Os estudiosos ainda consideram determinar algumas informações, que infelizmente são apenas especulações sobre os laudos de exames, como: o crânio pertencia a um homem em torno de 50 anos e esse homem vivia em uma área de floresta inundada, em planície.

Ainda pelos testes, os pesquisadores acreditam que o homem devia ter um grande e expressivo porte, sugerindo boa adaptação ao ambiente em que vivia, onde provavelmente enfrentava temperaturas extremamente geladas. Ainda é possível, segundo os cientistas, que essa mesma espécie de “homem dragão” tenha se dispersado pela Ásia.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]