Uma agência de publicidade chinesa está sendo responsabilizada por infectar 10 milhões de dispositivos Android com um Malware. A agência estaria por trás da disseminação do problema.
Segundo um relatório da empresa de segurança Check Point, o malware, criado por criminosos cibernéticos e chamado Yingmob, foi associado à companhia de modo legítimo. O componente explora múltiplas vulnerabilidades dos dispositivos Android.
Quando bem-sucedidos, os hackers conseguem total acesso aos aparelhos smartphones dos usuários. Nos casos em que o ataque falha no enraizamento do Malware, um segundo componente usa uma falsa notificação de atualização do sistema para enganar os usuários e levá-los a permitir a entrada do vírus.
A empresa Check Point divulgou informações sobre o malware em fevereiro de 2016. Os casos têm supostamente aumentado desde então. De acordo com a organização, o Malware HummingBad gera coletivamente cerca de US$ 300.000 por mês através de cliques em anúncios e downloads de aplicativos.
O crime tem sido supostamente praticado por uma agência de publicidade chinesa altamente organizada, com 25 empregados diretos e outros colaboradores distribuídos em quatro localidades. O modelo de negócio também vai além do malware, já que o grupo seria supostamente capaz de vender o acesso a smartphones.
Especialistas em segurança digital afirmam que o acesso a dispositivos móveis e seus dados sensíveis cria um novo e constante fluxo de receitas para cibercriminosos. Esse tipo de crime é resultado direto da liberdade financeira e tecnológica que os hackers encontram no universo online, e pode prejudicar usuários finais, empresas e agências governamentais.
Um porta-voz do Google disse que a empresa está ciente da evolução desse tipo de malware e que procura trabalhar para melhorar constantemente os sistemas que detectam essa prática criminosa, evitando as instalações de aplicativos infectados para manter os usuários e suas informações seguras.
Até o momento, a maior parte dos dispositivos móveis infectados pelo novo vírus é proveniente da China e Índia, com 1,6 milhões e 1,35 milhões de casos, respectivamente.
Fonte: Alphr.