Ciências

Núcleo atômico em formato de pêra e a antimatéria

A descoberta de núcleos atômicos em forma de pera está sendo considerada a chave para a criação de uma nova física.

A descoberta de um núcleo atômico em formato de pera está sendo considerada uma das realizações mais importantes da física nos últimos anos. Mas qual será a importância dessa descoberta?

A verdade é que os pesquisadores analisam o fato do núcleo do átomo ser formado por prótons e nêutrons, e mantidos juntos pela Força Nuclear Forte. Essa característica se contrapõe à repulsão eletrostática que poderia resultar na separação dos prótons.

Até pouco tempo atrás, os cientistas acreditavam que os núcleos atômicos eram apenas esféricos, mas hoje sabemos que alguns deles são ligeiramente alongados, semelhantes ao formato de uma pera. Nessa condição, a Força Nuclear Forte e a eletrostática podem se interrelacionar no interior do núcleo.

A descoberta levou ao questionamento sobre a possível existência de mais uma força fundamental da natureza que age sobre o núcleo atômico. Essa seria uma teoria para explicar a diferenciação agindo entre os formatos do núcleo.

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Os físicos passaram a estudar essa assimetria entre matéria e antimatéria em busca de respostas. Para eles, o núcleo atômico em formato de pera pode apontar para uma Nova Física

O primeiro elemento descoberto que apresentou núcleo em formato de pera foi o rádio 226. Desde então, um grupo internacional de pesquisadores tem usado um espectrômetro no CERN para tentar encontrar mais átomos com núcleos semelhantes a esse.

A pesquisa resultou em mais uma descoberta: o núcleo do rádio 224 tem o formato perfeito de uma pera. E o núcleo do átomo de radônio 220 oscila entre uma esfera irregular e uma pera.

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Esse novo formato de núcleo atômico indica que os nêutrons e os prótons que compõem o núcleo estão em posições ligeiramente diferentes ao longo de um eixo interno. Os núcleos em forma de pera são assimétricos porque os prótons estariam sendo empurrados para longe do centro por uma força nuclear ainda desconhecida.

Com os estudos, os físicos esperam descobrir uma nova força fundamental da natureza e explicar a assimetria entre matéria e antimatéria no início do Universo.

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