O projeto do Exoesqueleto foi um dos marcos da Copa do Mundo do Brasil 2014. Apesar de não ter recebido a devida atenção na abertura da Copa e de ter sido criticado por alguns membros da comunidade científica, o projeto do brasileiro Miguel Nicolelis será lembrado como uma bela demonstração de robótica.
O exoesqueleto foi desenvolvido para que o jovem paraplégico Juliano Pinto, de 29 anos, pudesse dar o primeiro chute na bola na abertura da Copa do Mundo. O objetivo era vestir uma roupa robótica que seria comandada pelo cérebro. O experimento moveu o pé direito de Juliano Pinto e ele deu um pequeno chute em uma bola de futebol.
O projeto custou 33 milhões de reais e foi financiado, em grande parte, pelo governo federal. O exoesqueleto era uma estrutura metálica de 70 quilos, que foi construída com a contribuição de 156 cientistas de 25 países, todos liderados pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.
Nicolelis é um cientista da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Ele chamou o projeto do exoesqueleto de “Andar de Novo”. O projeto consistia em uma estrutura robótica de metal capaz de ler os sinais elétricos emitidos pelo cérebro de um paraplégico. Segundo o cientista, o projeto foi um grande trabalho de equipe.
Para a comunidade científica mundial, o projeto foi uma ‘espetacularização’ de uma tecnologia incipiente e que não está madura para a produção em massa. Os críticos também citaram o alto investimento de 33 milhões de reais em um experimento que não trará benefícios ou soluções para os paraplégicos.