Segundo Albert Einstein, físico alemão, e a Teoria Geral da Relatividade desenvolvida por ele, o espaço e o tempo se fundem em uma dimensão denominada espaço-tempo, que é deformado por corpos com massa. Um exemplo bastante simples para entendermos melhor essa afirmação, é a forma como o colchão é deformado pelo corpo de uma pessoa que se deita sobre ele. Ao se acelerar, o corpo com massa forma as chamadas ondas gravitacionais, que são pequenas ondulações no tecido do espaço-tempo, que também causam distorções nele.
As ondas gravitacionais foram comprovadas no começo de fevereiro de 2016, sendo detectadas por cientistas. Mas afinal, o que são as ondas gravitacionais?
Entenda as ondas gravitacionais:
Ondas gravitacionais
Antes de mais nada, vamos entender alguns conceitos. Chamamos de evento quaisquer coisas que aconteçam e que possam ser observadas, permitindo ao indivíduo fornecer três coordenadas espaciais e uma temporal. Por exemplo, quando observamos uma colisão entre dois veículos, temos um evento que ocorreu em um determinado lugar do espaço, e em um determinado momento.
Com a Teoria da Relatividade, temos que o espaço e o tempo não são absolutos, dependendo do repouso ou do movimento do observador, sendo, portanto, conceitos relativo. Dessa forma, o espaço e o tempo tem que ser entendidos como se fossem uma coisa só, como se estivessem entrelaçados em uma única estrutura. Para o entendimento deste conceito, criou-se uma forma que é uma malha quadriculada que representa a ligação íntima que existe entre o tempo e o espaço, que ficou conhecida como espaço-tempo.
Para a Teoria da Relatividade, ainda, temos que a gravidade é uma curvatura que se cria neste espaço-tempo em decorrência da presença do corpo que possui massa. Agora se colocarmos dois objetos no espaço-tempo, e estes corpos se colidirem, haverá a geração de vibrações nesta malha quadriculada, que são as ondas gravitacionais, de difícil detecção e bastante sutis. Estas ondas não se propagam no espaço tempo, mas há, sim, uma oscilação do espaço-tempo em decorrência da interação entre os corpos.
Entenda a teoria da relatividade:
A comprovação das ondas gravitacionais
Dois detectores enormes localizados nos Estados Unidos, um em Louisiana e outro em Washington, foram usados para observar este fenômeno. Os aparelhos funcionam por intermédio de interferômetros que possuem quatro quilômetros de comprimento. Estes são conjuntos de espelhos que desviam feixes de laser até que haja a colisão com um detector. São extremamente sensíveis e, dessa forma, quaisquer que sejam as alterações causadas pela passagem das ondas gravitacionais podem ser identificadas pelos desvios que são gerados no laser. Os físicos responsáveis pelo projeto, objetivando evitar que as detecções sejam fruto de outras interferências, como abalos sísmicos, por exemplo, desenvolveram um tipo de amortecedor que tem uma alta capacidade de absorção de impactos.
A comprovação se deu a partir da colisão de dois buracos negros, tendo, cada um deles, aproximadamente 30 vezes a massa do Sol, que ocorreu a cerca de 1,3 bilhão de anos-luz de distância da Terra. Foi a partir disso, então, que se consolidou a teoria de Einstein.