A ideia de que existe vida fora da Terra não é nova, muito pelo contrário, já existe há muitas décadas. Ao longo da história humana, muito já se especulou e fantasiou sobre esse tema. Apesar do grande interesse no assunto, no entanto, fato é que, até hoje, nunca foi provado que exista vida inteligente fora da Terra. Ainda assim, existem muitas pessoas capazes de jurar que existe vida fora da Terra e que, além disso, essa vida seria inteligente e complexa.
O assunto gera um grande fascínio e é compreensível, mas se existe mesmo vida inteligente fora da Terra, será que poderíamos estar ameaçados? De acordo com o pesquisador Alberto Caballero, sim. Caballero é pesquisador na Universidade de Vigo, na Espanha, onde esta cursando o Doutorado atualmente. Por mais inesperado que seja, ele fez um estudo estatístico que aponta a possibilidade da Terra ser invadida por civilizações alienígenas.
O artigo foi publicado sob o título “Estimativa da prevalência de civilizações extraterrestres malignas” e traz, como o nome sugere, uma longa descrição de como existem civilizações hostis fora da Terra que poderiam oferecer risco e até invadir nosso planeta. Caballero admite, no texto, que sua pesquisa tem limitações, mas também defende que existem pelo menos 4 “civilizações extraterrestres malignas” na Via Láctea, desenvolvidas o bastante para invadir a Terra.
Apesar de, num primeiro momento, o estudo parecer um pouco “sem pé, nem cabeça”, existe uma lógica por trás dos números. Primeiro, Caballero fez um estudo de quantas invasões houveram na Terra ao longo dos últimos 50 anos. O pesquisador queria saber quantas invasões entre países aconteceram e, depois disso, fez um levantamento dos Exoplanetas já descobertos ao redor da Terra. Além disso, o estudo de Caballero foi baseado em um outro estudo, do italiano Claudio Maccone, que estimou a existência de 15.785 civilizações extraterrestres na Via Láctea. Maccone é pesquisador do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence).
Apesar do tema da pesquisa ser, para alguns, polêmico, Caballero demostrou ter total consciência desses aspectos. “Eu fiz o artigo baseado apenas na vida como a conhecemos. Não conhecemos a mente dos extraterrestres. Uma civilização extraterrestre pode ter um cérebro com uma composição química diferente e pode não ter nossa empatia ou pode ter mais comportamentos psicopatológicos. Encontrei essa maneira de fazer [o estudo], que tem limitações, porque não sabemos a mente de como seriam os alienígenas”, declarou ao portal Mortherboard.
Caballero também fez considerações sobre as tentativas que o ser humano tem feito em enviar mensagens ao espaço, na expectativa de entrar em contato com outras formas de vida. A NASA, por exemplo, já enviou itens curiosos ao espaço, como música e filmes. Para Caballero, faltam estudos para determinar se existe algum tipo de risco nesse tipo de tentativa de contato, ao mesmo tempo que nenhum estudo também tenha sido capaz de descartar totalmente os potenciais riscos. Para o pesquisador, esse é ainda um assunto que parece envolvido por um clima de segredo. “Acho que infelizmente ainda é um assunto bastante secreto, ninguém parece estar disposto a falar sobre isso”, avaliou.