Cotidiano

Por que os engarrafamentos acontecem?

Hora do rush, você sai do trabalho e pega a estrada para voltar para casa. A distância não chega a ser tão grande, mas você leva mais de uma hora para chegar em casa. O grande vilão nessa história é o engarrafamento, congestionamento. Depois de ouvir sua playlist inteira e tentar folhear um livro, você finalmente começa a se perguntar a mesma questão de todos os dias: por que engarrafamentos acontecem se o grande objetivo de todos os motoristas é o de chegar em algum lugar?

Isto é, ninguém pega a pista apenas para frear e deixar o carro parado lá, para interromper propositalmente o trânsito. Salvo um acidente ou outro, um imprevisto ou outro, todo motorista esta na estrada com a mesma impaciência e frustração em relação ao trânsito. Nesse caso, não é simples resolver o engarrafamento? Não basta que o primeiro motorista se coloque em movimento para que todos os demais também se coloquem?

A resposta mais curta é o simples e sonoro: não. Não é tão simples assim. Embora pareça uma questão fácil e simples de se resolver, a prática é bastante distante disso. Existem alguns motivos que tornam a prática mais complexa do que a teoria e um desses motivos diz respeito ao conflito entre espaço e volume de carros. Principalmente nas grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, a extensão das estradas é simplesmente incapaz de comportar o número de carros que tenta circular por elas.

Imagine o seguinte: se todos os carros de São Paulo tivessem que ser alocados nas ruas da cidade, faltaria espaço. Sendo assim, o fluxo é inevitavelmente lento e, quando acontece algum problema, o fluxo lento é interrompido. Se um carro quebra ou algum acidente acontece, os carros param e começa o congestionamento. Mas mesmo sem um acidente ou incidente, em horários de pico, acontece o chamado “trânsito fantasma”, quando muitos carros tentam circular e, como já foi dito, não existe espaço para todos eles.

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Como se dribla a questão do trânsito?

Para combater o problema de engarrafamentos constantes nas estradas, algumas ações podem ser colocadas em prática. Uma dessas ações, por exemplo, é o investimento em ferrovias. O transporte de cargas pode ser dividido entre trens e caminhões, o que ajudaria a reduzir o número desses veículos na pista.

Além disso, os trens também podem carregar pessoas. E aí chegamos na segunda ação, um maior investimento em transporte público. Ônibus, metro, trem, vans e outras medidas coletivas podem ser colocadas em prática para a redução do número de carros particulares na pista. No entanto, para que essas alternativas sejam adotadas de forma ampla, duas outras ações precisam ser colocadas em prática: segurança pública e manutenção de preços acessíveis na tarifa.

Uma questão extra, mas que é tão importante quanto as demais, é justamente a manutenção dos veículos. Em muitas regiões do Brasil, talvez na maioria, os ônibus são alvos de muitas críticas, não apenas pela conservação estrutural, quanto pela questão da higiene. Tarifas acessíveis, segurança pública e cuidado com a condição do transporte coletivo é uma questão que deve ser alvo de maior interesse público.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]