Ciências

Por que a Europa voltou a ser o epicentro da pandemia da covid-19?

Após quase dois anos de pandemia, é natural que alguns detalhes já não sejam tão facilmente acessados por nossos cérebros. A pandemia da covid-19 tem sido parte da vida de todos nós e isso gera confusão em algumas memórias. É natural que isso aconteça, ainda assim, é válido fazer o esforço do resgate de certos fatos para ser capaz de compreender o que vem por aí. Então vamos a esse resgate!

A pandemia da covid-19 começou em Wuhan, na China. O país tentou ignorar o vírus por algum tempo, até perceber a seriedade do assunto. Quando a OMS finalmente declarou a pandemia, em março de 2020, já haviam se passado quatro meses de transmissão do vírus. Depois de Wuhan, a Itália se tornou o grande epicentro da covid-19.

Logo após a Itália, outras regiões se tornaram epicentros. Nova Iorque, nos Estados Unidos, foi um epicentro e chocou o mundo com os números. No entanto, logo o Brasil assumiu o posto por um longo tempo. A Índia também foi um epicentro de covid-19 nos últimos meses. Agora, curiosamente, o vírus parece ter encontrado condições perfeitas para se alastrar novamente na Europa. Mas que condições são essas?

O aumento no número de casos já chamou a atenção da OMS, que pediu para que as campanhas de vacinação sejam priorizadas. Esse fenômeno, no entanto, é um desafio aos cientistas e pesquisadores por fatores simples. Dentre esses fatores esta o fato de que a Europa possui um largo estoque de vacinas, já que saiu na frente e garantiu acordos milionários para a compra de doses. Então, como esse cenário pode ter se tornado possível?

Pouca vacinação e menos restrições ainda

A Europa é formada por 50 países, sendo um dos blocos mais importantes para a economia mundial. Embora tenha garantido vacina para sua população, a Europa enfrenta diferentes situações em cada uma dessas nações. Em alguns países, a população aderiu a vacinação; em outros, a população tem se mantido relutante.

Somado ao comportamento da população, existe o comportamento dos governos. A sensação geral é de que os governos garantiram a vacina e decidiram que haviam feito sua parte. Com vacina disponível, independente da adesão ou não adesão da população, muitos governos decidiram pelas flexibilizações das restrições, enquanto alguns lugares decidiram encerrar de vez as restrições.

A velocidade em que as restrições foram encerradas não tem se mostrado adequada. Segundo um alerta feito pela OMS, especialmente pelo diretor Hans Kluge, se o bloco não tomar medidas agora, pode registrar até 500 mil mortes até fevereiro. Vale lembrar que a Europa já somou mais de 1,5 milhão de mortes por covid-19 desde o começo da pandemia.

Para ter uma ideia do tamanho do problema, apenas oito dos 50 países da Europa já atingiram 70% de sua população vacinada. O número é apontado como um número mínimo para que a vacinação demostre resultados eficazes – o “ideal” da vacinação é sempre acima de 90%. Esses números e informações ajudam a entender como a Europa voltou a ser o epicentro da covid-19. O fato também ajuda a reforçar a importância da vacinação.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]