No Brasil, cerca de 40% de toda a água é jogada fora. Nosso país perde, por ano, R$ 7,4 bilhões por falta de infraestrutura relacionada ao uso da água, falta de investimentos e falta de manutenção dos sistemas de distribuição.
A atual rede de distribuição de água do Brasil perde 32,1% da água com falhas técnicas e desvios ilegais. O Estado do Amapá é líder em desperdício, com uma taxa de 73,3% de desperdício.
Na prática, quase um trilhão de litros de água são desperdiçados apenas pelas redes de distribuição de São Paulo. Esses dados nos fazem entender a atual crise de abastecimento que a região sudeste do Brasil vive nos dias atuais.
Hoje, o governo busca formas de racionamento de água. O Estado de São Paulo, um dos mais afetados pelo problema, vive a maior seca dos últimos 80 anos e, ainda assim, desperdiça muita água.
Apenas a água que é perdida no sistema de distribuição daria para preencher 263 mil piscinas olímpicas. Por dia, o consumo médio dos moradores de São Paulo é de 183,1 litros de água.
O Sistema Cantareira apresenta hoje o menor nível em duas décadas. A Sabesp, companhia de água do Estado de São Paulo, afirma que o consumo de água aumentou muito por conta do crescimento desordenado das periferias, especialmente na região metropolitana de São Paulo.
Para fins comparativos, na Europa e nos Estados Unidos, a taxa de desperdício de água varia em torno de15%. Na cidade de Tóquio, considerada modelo no controle de perdas do recurso natural, a porcentagem é de apenas de 5%.
Para especialistas, o combate ao desperdício deve ter várias frentes, incluindo a educação e conscientização dos consumidores e distribuidoras.