Na noite desta quarta-feira (13), milhões de pessoas puderam acompanhar um dos mais belos fenômenos do espaço. Chamado de “Superlua dos Cervos”, o fenômeno marca um momento pouco comum de proximidade da Lua com a Terra. A olho nu, desde que as condições climáticas ajudem, é possível observar a lua. Uma das primeiras curiosidades em relação ao fenômeno é justamente o nome, afinal por que Superlua dos Cervos?
Para entender a maneira como esse fenômeno acabou ficando conhecido, é preciso saber que o nome vez de uma tradição indígena canadense. Por lá, esse período é marcado pelo crescimento dos galhos no topo da cabeça dos cervos. Esses animais são fascinantes e essa fase tem grande valor para o povo indígena local, o que acabou deixando o nome como herança ao fenômeno lunar. O nome não é uma ideia brasileira, naturalmente, mas batizado pela NASA e adotado por agências de outros lugares do mundo, bem como a mídia.
Para aqueles que tiraram um momento do dia para observar a lua, provavelmente foram capazes de observar a lua aparentemente maior e mais brilhante. Na verdade, o satélite não esta maior, mas esta mais perto da Terra do que o de costume – o que, consequentemente, altera nossa percepção em relação a ele. Já para aqueles que perderam o fenômeno nesta quarta, não há porque se lamentar, já que o fenômeno também poderá ser observado na quinta (14).
O período em que a lua esta mais próxima da Terra, quando recebe o nome de “‘Superlua”, é chamado Perigeu e geralmente consegue ser observado por moradores de diversas localidades. No Brasil, teoricamente seria possível acompanhar o fenômeno de qualquer lugar, mas é preciso que as condições meteorológicas estejam favoráveis. Num tempo nublado, com o céu coberto por nuvens, por exemplo, não será possível.
A outra boa notícia em relação ao fenômeno é que, ao contrário de outros eventos, não será necessário nenhum tipo de equipamento para ser capaz de assistir à superlua. Além disso, para aqueles que não querem, ou não podem, acompanhar o fenômeno ao ar livre, alguns aplicativos vão fazer a cobertura da superlua (como Skywalk, Starchart, Sky Saari ou Stellarium). Ou seja, não tem desculpa para deixar o fenômeno passar batido.
Em junho, quem esteve atento, pode acompanhar outro fenômeno de superlua. Em junho aconteceu a “Superlua de Morango”, que chegou a aparentar ter 11% a mais em tamanho e 20% a mais de luminosidade. Como já explicado, a Lua, na verdade, não cresce de tamanho nestes casos. O que acontece é que por estar mais próxima da Terra, naturalmente a percepção sobre ela se altera. Quando acontece a Superlua, o satélite parece maior e mais brilhoso.
Um dos motivos para o nome de “Superlua de Morango” é o tom avermelhado que o satélite ganha nesse período do ano. Também em função das condições climáticas, nem todo mundo conseguiu ver o fenômeno a olho nu. No entanto, esse também é um daqueles momentos em que não se faz necessário nenhum tipo de equipamento específico. Para quem gosta do espaço, é um show e tanto.
