Estudos atuais indicam que a Lua está girando e se afastando da Terra a uma taxa variável de 3,8 centímetros por ano. Mesmo assim, pesquisadores acreditam que Terra e Lua possam estar em uma rota de colisão de longo prazo.
As pesquisas apontam que, dentro de 65 bilhões de anos a partir de agora, possa ocorrer uma colisão catastrófica entre a Terra e a Lua. Segundo Jason Barnes, cientista planetário da Universidade de Idaho, o estado da evolução das marés no sistema Terra-Lua indica uma possível colisão. [Forbes]
Ainda não é possível ter certeza se o sistema Terra-Lua sobreviveria à Fase do Gigante Vermelho do Sol. Ou seja, em cerca de seis bilhões de anos, a partir de agora, o nosso Sol poderia ficar sem combustível nuclear e seu núcleo se tornaria um simples remanescente queimado. Com isso, suas camadas externas se expandiriam para além da órbita terrestre, destruindo a Terra e a Lua.
Embora haja muito desentendimento científico sobre estes possíveis fenômenos, a maioria dos teóricos concorda que há 4,5 bilhões de anos atrás, a Lua foi formada a partir de matéria ejetada após uma colisão de um corpo celeste com a Terra.
Hoje, a taxa em que a lua recua é uma função da rotação da Terra, mas é difícil prever com precisão até quando este fenômeno vai ocorrer. Isso porque a Terra passa por ciclos glaciais e interglaciais, fazendo com que a área dos mares rasos mude conforme o nível do mar.
Por um longo tempo geológico, as placas tectônicas da Terra também se reorganizam, o que muda a quantidade de dissipação das marés e, consequentemente, a taxa de recessão da Lua.
Os pesquisadores estão avaliando alguns resultados das missões Apollo na superfície lunar para tentar entender melhor como seria uma possível aproximação entre Lua e Terra num futuro distante. Os dados obtidos pela exploração já realizada pelo homem na Lua ajudam a calcular a velocidade com que a Lua está recuando nos dias de hoje.
No entanto, Barnes diz que, eventualmente, a rotação da Terra poderá desacelerar até que seja igual ao período orbital da Lua. Nesse contexto, a Lua pararia de se afastar do nosso planeta e seria atraída em direção à Terra.
Ainda de acordo com Barnes, essa aproximação “eventualmente, ficaria tão perto que iria resultar em uma colisão espetacular e na fusão entre Lua e Terra”.