Cientistas divulgaram que células-tronco retiradas de dentes de leite poderão ser usadas para reparar lesões dentárias e consertar dentes mortos no futuro. A natureza regenerativa das células-tronco, aquelas que podem se transformar em várias estruturas do corpo, permitiu aos pesquisadores restabelecer com sucesso o tecido interno mole do dente, também chamado de polpa dental. A pesquisa foi realizada com 30 pacientes na China.
Segundo o estudo, a mesma técnica poderia ser usada também para reparar dentes adultos, substituindo os vasos sanguíneos e as conexões nervosas que geralmente desaparecem para sempre quando um dente sofre um dano grave.
O cientista Songtao Shi, da Universidade da Pensilvânia, disse: “Este tratamento dá aos pacientes a sensação de volta dos dentes. Com esta técnica, o paciente sente que o dente está vivo novamente”. Os pesquisadores envolvidos já relataram que, ao concluir o estudo, será possível desenvolver uma terapia segura e eficaz para os pacientes.
Como os pesquisadores apontam, quase metade de todas as crianças sofre algum tipo de dano em um dente durante a infância, e quando isso acontece, o suprimento de sangue e o desenvolvimento da raiz podem ser afetados, deixando o dente morto.
Os dentistas já usaram um tratamento chamado de apexificação para tentar estimular o desenvolvimento das raízes, mas esta não é uma solução ideal, já que não substitui o tecido.
Os pesquisadores que trabalharam neste estudo aprofundaram os conhecimentos sobre a terapia com células-tronco dentárias retiradas de dentes de leite, tecnicamente conhecidas como células-tronco de polpa decídua humana (hDPSC). O ensaio clínico cultivou as células-tronco em laboratório. Em seguida, elas foram implantadas de volta no dente lesionado.
Os resultados mostraram que os dentes problemáticos das crianças que receberam o implante tiveram um aumento do fluxo sanguíneo e um aumento da espessura da dentina. A técnica também torna a raiz mais saudável, recuperando as sensações do dente.
Os pesquisadores disseram que o tratamento é encorajador, mas que ainda há muito trabalho a fazer, inclusive com a realização de testes mais amplos.
Fonte: Sciencemag.org
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