Ciências

Como a covid-19 vai aumentar os casos de demência

A pandemia da covid-19 pegou a todos desprevenidos em 2020 e continua se arrastando até hoje. Acredita-se até mesmo que a pandemia não deva acabar antes de meados do ano que vem. Embora muitas regiões do planeta já estejam com uma “sensação de liberdade”, a verdade é que essa não é realidade.

Em muitos lugares do mundo, as pessoas continuam assoladas pela doença. Até mesmo o Brasil, ainda vive um cenário desolador. Embora muito atenuado pelo avanço da vacinação, o vírus ainda mata mais de 600 pessoas por dia no país. Esse número já chegou a ser maior que 2000 no pior momento da pandemia.

É verdade que existe esperança no fim do túnel, mas a pandemia ainda esta longe de acabar. Ainda assim, o avanço da vacinação no país já traz um sentimento de esperança, de sonhar com dias melhores e a retomada da “normalidade”. Por outro lado, especialistas explicam que as sequelas da covid-19 continuarão a ser sentidas.

A única forma de combater o vírus, sem a vacina, é evitando o contato social. Isso significa que milhões de pessoas passaram mais de um ano, se aproximando de dois anos, a vida com uma rotina completamente incomum. Encontros, visitas, shows, teatro, cinema, viagens, passeios… Tudo foi proibido de uma hora para outra.

Como já era alertado antes, a pandemia ainda será uma dor de cabeça por anos. Ainda que seja possível neutralizar o vírus da covid-19, as sequelas já estão estabelecidas. Uma das principais áreas a serem assistidas daqui para frente é a saúde mental, que tanto sofre durante a pandemia. A ruptura do vínculo social criou um vácuo, que a maioria das pessoas não soube preencher.

A SAÚDE MENTAL

Psicólogos, psiquiatras, neurologistas e médicos em geral alertavam: a saúde mental precisa ser levada em conta. Não havia o que fazer, além de combater o vírus, mas era necessário se preparar para a onda de transtornos mentais. Muitas pessoas desenvolveram transtornos durante a pandemia, outras tiveram recaídas, outras tiveram seus casos agravados.

Poucas pessoas passaram pela pandemia sem sentir nenhum abalo, sem uma crise de choro ou sensação de apatia. A maioria de nós, em alguma medida, sentiu o impacto do que é ficar preso em casa. Ainda assim, um grupo com certeza sentiu o golpe de forma ainda mais forte: os idosos.

Nova epidemia: de demência

Idosos são mais vulneráveis a uma série de problemas, mas também a covid-19. Em todo mundo, os esforços  foram no sentido de proteger este grupo. No entanto, se protegidos do vírus, vulneráveis aos transtornos mentais. Segundo a OMS o mundo já vive uma pandemia de demência que tende a piorar.

Segundo análises da instituição, o mundo esta a beira de um caos neste aspecto. A maioria dos países impôs o isolamento e distanciamento social, mas pouco fez para se preparar para o aumento da demanda por profissionais da saúde mental. Esse é um cenário que exige cuidado.

Uma das recomendações dos médicos é falar sobre o problema. Ignorar o assunto apenas o torna pior. O ideal é tratar do assunto e procurar ajuda quando é necessário. Saúde mental não pode ser tabu.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]