A comunidade de pesquisa internacional tem feito avanços importantes nos estudos sobre onda gravitacional. Recentemente, duas equipes de pesquisa fizeram seu primeiro anúncio sobre a detecção conjunta de ondulações desse tipo no espaço-tempo.
Essas ondulações foram geradas por ações altamente energéticas. Outra novidade neste segmento é que, em 2017, o comitê do Prêmio Nobel anunciou que concedeu o Nobel de Física a um trio de físicos que trabalhou para detectar ondas gravitacionais.
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O que são Ondas Gravitacionais?
Os anúncios nessa área têm sido espetaculares para a ciência. Os pesquisadores detectaram ondas gravitacionais em associação com um flash distante de luz visível, isso foi possível graças ao uso de telescópios poderosos. Desta vez, a observação era da fusão, não de buracos negros, mas de duas estrelas de nêutrons, consideradas estruturas estelares extremamente densas.
Cientistas do grupo LIGO, no estado de Louisiana e Washington, nos Estados Unidos, observaram essas ondas. Foi possível, inclusive, detectar a localização da fusão das ondas gravitacionais.
Menos de dois segundos após o LIGO detectar as ondas gravitacionais, dois satélites em órbita registraram um tipo de explosão poderoso, chamado de explosão de raios gama. Essa explosão ocorreu em uma galáxia que fica a cerca de 130 milhões de anos-luz de distância, na constelação Hydra.
Usando um conjunto de protocolos estabelecidos para tais detecções de ondas gravitacionais, os pesquisadores notificaram os membros da comunidade astronômica mundial. Eles constataram que a observação da luz visível em conjunto com as ondas gravitacionais é diferente dos exemplos anteriores dessas ondulações cósmicas.
Quando duas estrelas de nêutrons colidem, o resultado pode ser o surgimento de uma única estrela maior ou as duas estrelas podem simplesmente desaparecer em um único buraco negro. Os dados relatados hoje ainda não podem determinar o que acontece nesta instância, mas o mais provável é a formação de um buraco negro acompanhada por uma explosão de raios gama.
Os cientistas do LIGO (Observatório de Onda Gravitacional do Interferômetro Laser) já relataram também a colisão de dois buracos negros, um grande avanço para a ciência e uma prova de importantes teorias de Albert Einstein. Esses eventos estão inaugurando uma nova era na astronomia, na qual os cientistas serão capazes de praticamente enxergar a gravidade.
Descobertas sobre as ondas gravitacionais foram publicadas na Physical Review Letters, um importante periódico da área. Os estudos estão ajudando os pesquisadores a entender melhor os buracos negros e as colisões que acontecem no universo.
A astronomia de ondas gravitacionais vai avançar muito nas próximas décadas, permitindo que o homem descubra coisas que ainda são desconhecidas. No futuro, a astronomia da onda gravitacional pode levar a ciência a compreender melhor a formação do universo, a aprimorar a teoria da relatividade geral de Einstein, a avançar os conhecimentos sobre buracos negros, encontrar fontes de matéria escura no universo e achar também novos corpos celestes e fontes de gravidade.