Pessoas obesas não são necessariamente mais tristes do que as pessoas magras, mas elas certamente sofrem mais situações de bullying e humilhações durante a vida. Uma pesquisa da University College London indicou que as pessoas acima do peso podem ficar mais tristes se emagrecerem. Por incrível que pareça, o processo de emagrecimento traz um grande sofrimento para os gordinhos, que são obrigados a abrir mão de comidas que gostam e de pequenos prazeres na alimentação.
O estudo publicado no Reino Unido comprovou que as dietas podem deixar muitas pessoas infelizes, correndo o risco de até entrar em depressão. Isso acontece porque a perda de peso não traz felicidade automática. Ao contrário, as pessoas que são obrigadas a emagrecer por questões de saúde, por exemplo, têm uma tendência a se sentirem tristes.
Vivemos hoje uma realidade na qual a indústria da publicidade aponta que precisamos ser magros para sermos felizes. Mas, às vezes, as pessoas compram essa ideia, fazem de tudo para emagrecer e acabam se decepcionando.
Ao mesmo tempo que a obesidade pode ter um potencial devastador para a autoestima das pessoas, a perda de peso também pode ser prejudicial. Por isso, todo processo de emagrecimento deve ser acompanhado por equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos, nutricionistas e educadores físicos.
Brigando com a balança
O preconceito com os gordinhos pode levar a problemas de saúde mental. O deboche e a exclusão são devastadores, e há também uma forte tendência à gordofobia na sociedade. Por esses motivos, muitas pessoas acima do peso vivem brigando com a balança para tentar emagrecer.
Mais do que a preocupação com a saúde física das pessoas gordas, a sociedade precisa começar a discutir os impactos emocionais das piadas sem graça e dos comentários invasivos e ofensivos. As pessoas acima do peso não são mais tristes do que as pessoas magras, mas enfrentam mais desafios e precisam ser emocionalmente mais fortes. Para isso, é fundamental manter a autoestima e a autoconfiança.