Os diabéticos e preocupados com a saúde podem se beneficiar de um novo tipo de açúcar, muito mais saudável. Agora, é possível ter toda a doçura do açúcar, com zero de calorias.
O produto feito a partir do extrato de uma planta encontrada na América do Sul está sendo alardeado como uma arma importante na luta contra a crise de obesidade que está ameaçando a saúde de milhões de pessoas ao redor do mundo.
O adoçante natural é chamado de estévia (Stevia), e pode ser 300 vezes mais doce que o açúcar tradicional de beterraba ou de cana de açúcar. Segundo a Dra. Margaret Ashwell, membro do Conselho Consultivo Científico do Instituto Global Stevia, existe um serviço de informações fornecidas aos principais fornecedores de stévia. “Stévia pode ajudar as pessoas a desfrutar da origem natural da doçura, enquanto aproveitam também a redução de calorias, como parte de uma dieta saudável e equilibrada”, disse.
Usado por milhares de anos na culinária da América do Sul, o açúcar foi adicionado à dieta como adoçante, bem como um tônico de saúde e tratamento para pressão alta, azia, gota e diabetes tipo 2.
De acordo com as estatísticas do Serviço Nacional de Saúde sobre a obesidade, 65% dos homens e 58% das mulheres estão acima do peso na Inglaterra. Stévia aparece nesse cenário como um excelente substituto para o açúcar.
As folhas de estévia contêm duas moléculas “glicosídeo” steioside e rebaudioside, que são 300 vezes mais doce do que o açúcar de mesa. As folhas podem ser usadas em alimentos e bebidas.
Esse açúcar já é muito popular no Japão e em partes da Ásia e da Austrália. Ele está sendo usado como substituto do açúcar convencional.
Stévia não tem calorias, e apresenta um índice glicêmico igual a zero. Ele também não tem ingredientes artificiais, e nenhum efeito de açúcar sobre o sangue.
A planta usada na fabricação do stévia já era conhecida pelos índios Guarani, do Paraguai, há séculos. As vendas do extrato subiram até 400 por cento entre 2008 e 2012. Em 2011, ele foi aprovado pela Agência Europeia de Segurança Alimentar.
A empresa Coca-Cola já está testando o uso desse açúcar na produção da bebida Sprite vendida no Reino Unido. Especialistas da Universidade de Mahidol, da Tailândia, também descobriram que stévia pode ser eficaz em outros fatores, tendo efeitos anti-inflamatórios, anti-tumorais, anti-diarreicos e diuréticos.
Esse produto está sendo cogitado para ser usado em refrigerantes. Um estudo apontou que apenas uma lata de um refrigerante açucarado pode aumentar o risco de diabetes em até um quinto. Essas bebidas açucaradas são os principais contribuintes para a epidemia de obesidade que se espalha pelo mundo.