Históricas

Quais são os piores escandalos da política Brasileira?

Confira os principais escândalos da política brasileira da década de 70 até os dias de hoje!

O Brasil tem uma política marcada pela corrupção e por escândalos de proporções catastróficas para o país. Os casos se tornaram públicos já na década de 70, mas foi a partir do ano 2000 que os relatos de corrupção se tornaram frequentes.

Veja abaixo alguns dos piortes escândalos da política brasileira:

Década de 70

Escândalo da Mandioca – Maior escândalo financeiro de Pernambuco, ocorrido no período entre 1979 e 1981 na agência do Banco do Brasil de Floresta; houve um desvio de Cr$ 1,5 bilhão, aproximadamente R$ 20 milhões, do Proagro – programa de incentivo agrícola criado pelo Governo Federal em 1973.

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Década de 80

Caso Jorgina Maria de Freitas Fernandes – O escândalo recebeu o nome da ex-advogada brasileira que era procuradora previdenciária e organizou um esquema de desvio de verbas de aposentadorias. O total da fraude chegaria a R$ 500 milhões, mais de 50% de toda a arrecadação do INSS na época.

Década de 90

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CPI do Banestado

CPI do Banestado – A comissão foi criada pela Câmara dos Deputados do Brasil em 26 de Junho de 2003 a fim de investigar as responsabilidades sobre a evasão de divisas do Brasil para paraísos fiscais, entre 1996 e 2002. No esquema foram retirados indevidamente do país mais de US$ 84 bilhões através de contas do Banco do Estado do Paraná ou Banestado.

Casos depois do ano 2000

Mensalão – Foi um esquema de corrupção de parlamentares, onde deputados que compunham a chamada “base aliada” recebiam, periodicamente, recursos do Partido dos Trabalhadores para votar a favor do partido.

CPI das ONGs – é o nome dado para investigações sobre repasses de dinheiro ocorridos no primeiro mandato do governo Lula (entre 2003 e 2006). ONGs ligadas ao governo federal estariam recebendo verbas irregulares.

Operação Navalha na Carne – 2007

A operação desmascarou um grupo de empresários que mantinha vínculo com a Construtora Gautama. Eles foram acusados de pagar propinas a funcionários públicos e causar um prejuízo de mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos. Houve fraude no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. O objetivo da quadrilha era obter facilitação para executar obras públicas. Diversas prefeituras estavam envolvidas no esquema, além do Ministério de Minas e Energia e da Câmara dos Deputados.

Máfia dos Fiscais – Até 2008

Este escândalo de corrupção na Câmara Municipal de São Paulo ficou muito conhecido no Brasil inteiro. Estavam envolvidos no esquema fiscais municipais, servidores públicos e membros da câmara de vereadores. Diversas empresas da cidade de São Paulo tiveram que pagar propina para não serem multadas pelos fiscais e para poder trabalhar sem ter mercadoria apreendida.

Rodoanel em SP – 2013

As obras do trecho norte Rodoanel iniciaram em 2013 e, em 2018, 14 pessoas foram denunciadas na Justiça pelo desvio de R$ 600 milhões. De acordo com autoridades, houve fraude em licitações e facilitação de agentes públicos do governo estadual, em gestão do PSDB, para que os contratos das obras fossem obtidos por empreiteiros ligados ao esquema.

Máfia da Merenda em SP – 2016

Deflagrada em 2016 através da Operação Alba Branca, a fraude na compra da merenda escolar para o Governo do Estado de São Paulo teria favorecido políticos, que cobravam propina para que integrantes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar, Coaf, tivessem contrato de fornecimento com diversos municípios do Estado de São Paulo e com o Governo do Estado de São Paulo. Assessores de Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de SP, foram acusados de negociar as propinas em contratos que valiam mais de R$ 10 milhões.

Operação Lava Jato – Até hoje

Operação Lava Jato

Este é o maior escândalo de corrupção do Brasil. A operação foi deflagrada em 2014 e descobriu um esquema de desvio de dinheiro vinculado diretamente com a Petrobras. Muitos empresários e partidos políticos estiveram envolvidos no esquema, que funcionava da seguinte maneira:

Diretores da Petrobras eram responsáveis pela cobrança de propinas de empreiteiras, que aceitavam e podiam fazer negócio com a empresa. Todos estes contratos eram superfaturados.

O valor da propina era direcionado para doleiros e lobistas, que faziam o dinheiro chegar aos políticos. Todos os partidos políticos que tinham ligação com a Petrobras se beneficiaram do esquema. A operação já solicitou o ressarcimento de mais de R$ 38 bilhões. Os réus já tiveram mais de R$ 3 bilhões em bens bloqueados pela Justiça.

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