A Caixa Econômica Federal é um banco muito conhecido e extremamente ligado à rotina da população brasileira, já que é utilizado pelo povo para uma série de serviços vinculados a programas governamentais, como PIS, FGTS, financiamento para o Minha Casa Minha Vida, poupança, crédito estudantil, entre outros.
Outro diferencial da Caixa Econômica Federal que aproxima o banco ainda mais dos brasileiros é a Loteria Federal, com diversas casas lotéricas com seus jogos tradicionais, como Quina, Lotofácil e Mega-Sena.
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A história do banco é bastante antiga, voltando para 1830. Porém, apenas em 1861 houve um decreto imperial, assinado por Dom Pedro II, criando a Caixa Econômica e o Monte do Socorro.
O governo havia criado uma instituição financeira com a finalidade de garantir empréstimos à população, um local seguro para depósitos de valores e também uma casa oficial de penhor, para casos mais urgentes, quando as pessoas penhoravam objetos de valor em troca de dinheiro.
Início das operações da Caixa Econômica – Crédito da foto: Blogspot
No Rio de Janeiro, a Caixa Econômica Federal passou a operar no final de 1861. E o perfil do cliente do banco sempre foi aquele com menos poder de renda, sendo que a primeira pessoa que depositou dinheiro com o objetivo de criar uma “poupança”, coisa que não existia na época, foi Antonio Pereira Coruja, que colocou no banco cerca de 2 mil réis.
Crédito da foto: Blogspot
Outra curiosidade sobre os clientes é que, muitos pais e avós, desde a criação do banco até hoje, têm o costume de criar uma poupança para os seus filhos e netos.
Caderneta de poupança antiga da Caixa Econômica Federal do Tietê – SP, 1982 – Crédito da foto: Mercado Livre
A Caixa Econômica Federal também teve uma relação muito distinta com os escravos, que colocavam o dinheiro de sua carta de alforria no banco ou possuíam caderneta de poupança na instituição. É o caso de Margaria Luíza, que comprou sua liberdade por cerca de 350 mil réis.
Caderneta de poupança do escravo Judas, com 24 mil réis – Foto: Acervo da Caixa – Crédito da foto: Terra
A Caixa Econômica Federal, instituição que até hoje trabalha com clientes com este perfil, teve unidades abertas em diversas capitais de províncias a partir de 1870. A instituição foi inovadora, já que foi o primeiro banco do Brasil que contratou mulheres, fato ocorrido depois de 1920.
Caderneta de poupança da escrava Joanna: carta de alforria comprada por 600 mil-réis – Crédito da foto: caixa.gov.br
Em 1930, outras novidades surgiram, como o empréstimo consignado e as hipotecas para imóveis. As Loterias foram inauguradas em 1961, sendo que ao longo dos anos foram criados, aos poucos, os prêmios que hoje são bastante conhecidos, como Lotomania, Mega Sena, Raspadinha, Dupla Sena, entre outros.
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Houve uma reestruturação importante na história do banco, no final dos anos 60. Através do Decreto-Lei nº 759, o banco com o modelo atual foi criado para atuar em todo o território brasileiro. Além disso, a Caixa conta com unidades fora do Brasil, com diversas agências e filiais, além de escritórios operacionais.
Caixa Econômica Federal do Estado de São Paulo, 1941. Crédito da foto: Pinterest
Caixa Econômica Federal – São José do Rio Preto, SP, 1960. Crédito da foto: IBGE
Crédito da foto: Caixa.gov.br
A partir de 1980, a Caixa Econômica Federal assumiu uma vocação muito importante para o povo brasileiro: ser o maior financiador da casa própria, quando houve a incorporação do BNH – Banco Nacional de Habitação ao sistema da Caixa. Além disso, muitos financiamentos voltados para saneamento básico foram concedidos pela Caixa.
Evolução do logotipo da Caixa. Crédito da Imagem: Blogspot
Quase nos anos 90, a instituição passou a concentrar todas as contas de FGTS, para fortalecer ainda mais o compromisso social da instituição. Com o programa Caixa Aqui, mesmo pessoas que não tinham condições de comprovar renda, puderam abrir contas bancárias na instituição, no começo dos anos 2000.
São mais de 150 anos de operação da Caixa Econômica Federal. Em 2017, o lucro do banco foi de 12,5 bilhões de reais. São mais de 87 mil funcionários ligados à instituição.
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