Segundo um estudo divulgado em Abril de 2016 pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), no ano de 2015 subiu 2,8% a base de investidores brasileiros em aplicações financeiras. O número de clientes, no ano da pesquisa, era de 71,6 milhões, com uma movimentação de R$ 2,043 trilhões, que representa um aumento de 8,83% quando comparado ao ano de 2014. O valor refere-se às aplicações no segmento varejo e no private, e as aplicações somaram, em média, R$ 28,5 mil.
Qual a preferência do Brasileiro?
Ainda em 2015 manteve-se a preferência dos brasileiros quanto aos investimentos, tendo a poupança dominado, com uma participação no varejo de 64,7% e um saldo de R$ 603,6 bilhões. O valor, entretanto, sofreu uma queda de 1,5% quando comparado ao ano anterior, apesar de manter-se como preferência entre a população brasileira. A segunda opção mais utilizada é a de títulos e valores mobiliários, que somaram, em 2015, um valor de R$ 458,2 bilhões, sendo 18,3% maior do que o ano de 2014.
A Anbima atribuiu essa queda nos investimentos em poupança à questão da rentabilidade, que ficou abaixo da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que foi de 10,7%. Além da queda no saldo em poupanças, houve ainda um recuo de aproximadamente 20% nos negócios em ações, totalizando R$ 19,36 milhões em 2015 contra R$ 24,27 bilhões em 2014. Nesse caso, ainda segundo a Associação, houve migração para os investimentos em títulos e valores mobiliários de renda fixa, já que o valor subiu 19,95% quando comparado ao ano anterior.
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O maior crescimento observado foi nos títulos do Tesouro Direito, com um crescimento de 56,8%, passando de R$ 7,81 bilhões em 2014 para R$ 12,25 bilhões em 2015, e em segundo lugar, foram os investimentos em Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que teve uma alta de 48,3%, chegando a R$ 82,2 bilhões em 2015.
Segundo Marcos Daré, o presidente do comitê do varejo da Anbima, o resultado de toda essa pesquisa mostrou que o perfil investidor do brasileiro é conservador. A região Sudeste do Brasil detém a maior parte dos investimentos, tendo participação de 68,3%, seguido do Sul com 16%, do Nordeste com 9,3% e do Centro-Oeste, com 4,7%.
