Quando ouvimos um avião a jato passar sobre nós e tentamos localizá-lo olhando para a direção da qual o som provém, percebemos que a linha de visão cai a uma distância considerável atrás do avião.
Durante uma tempestade, podemos ver um relâmpago distante vários segundos antes que o trovão correspondente possa ser ouvido. Em distâncias curtas, podemos considerar a velocidade da luz como praticamente instantânea, e portanto o tempo decorrido entre vermos o relâmpago e ouvirmos a trovoada deve ser o tempo para o som deslocar-se de sua origem até ao ouvido do observador.
Estes fatos evidenciam que o som se propaga através do ar com uma velocidade pequena, comparada com a velocidade da luz. Esta velocidade no ar é relativamente pequena pelo fato de as moléculas que se movimentam terem de se chocar umas com as outras a fim de propagar a onda longitudinal de pressão. Nos líquidos e nos sólidos, onde as moléculas estão mais próximas umas das outras, a velocidade do som é bem maior do que em um gás.
A velocidade do som no ar é da ordem de 331 m/s a 0º C. À medida que a temperatura se eleva, a velocidade cresce. Na água, a velocidade do som é cerca de quatro vezes a sua velocidade no ar; a 25º C é de aproximadamente 1500 m/s. No aço chega a 5000 m/s, ou seja, cerca de quinze vezes maior.
Se você ficar ao lado de uma estrada de ferro e escutar enquanto um trabalhador bate um espigão com o martelo, você ouvirá cada golpe duas vezes. O som que se propaga através do aço dos trilhos chega antes do som que se transmite através do ar.
Um fato importante é que a velocidade de propagação do som emitido não depende de sua intensidade ou da sua freqüência. É fácil perceber como seria catastrófico o entendimento de uma conversa se os sons agudos, graves, fortes e fracos se propagassem com velocidades diferentes.
Quando ouvimos uma orquestra tocando, cada instrumento produz som de uma forma diferente. No entanto, todos são ouvidos ao mesmo tempo.
Fonte:
Sala de Fisica