Ciências

Jessica Watkins e seu papel histórico na NASA

A NASA é uma das principais agências espaciais do mundo e as contribuições feitas por ela são várias. Não é por menos que a NASA se tornou, ao longo das décadas, um dos lugares onde muitos cientistas sonham em trabalhar. A Agência é um órgão público e recebe grandes montantes de investimento, o que incentiva a pesquisa e a torna um ambiente cobiçado por cientistas e astronautas de todo o mundo. Ainda assim, foi preciso que anos se passassem para que a NASA se tornasse um destino possível para grupos de pessoas que antes não se viam ali.

É nessa discussão que a Agência tem implantado, especialmente nos últimos anos, uma série de mudanças para mudar sua imagem diante da opinião pública. O centro da questão é que a NASA nasceu como um assunto de homens brancos, depois a agência abriu as portas para homens negros e finalmente, depois de muito tempo, mulheres começaram a ganhar destaque. É claro que, ao longo da história, muita coisa aconteceu e muitos nomes se destacaram; ainda assim, falta muito para que a NASA se torne, de fato, um ambiente onde a representatividade seja ampla.

Nesse contexto, novos nomes vem recebendo atenção e tendo a oportunidade de se destacar. Como é o caso de Jessica Watkins, jovem que tem quebrado paradigmas e criado novos padrões. Watkins é geóloga de formação, especialista em geologia planetária, e dedica a vida à pesquisa. Pela NASA, Watkins já esteve na Estação Espacial Internacional e foi parte da missão “Curiosity”, que enviou um rover à Marte.

A contribuição para a missão foi parte do pós-doutorado de Watkins, que esta atualmente na Estação Espacial Internacional. Após participar da missão, Watkins começou a se interessar por Marte e chegou a publicar um artigo sobre o solo do planeta. Seu período na NASA é curto, se comparado a longa carreira que ela ainda pode ter, mas já foi suficiente para que ela se destacasse. Na Agência, ela tem chances reais de ser enviada à Marte ou à Lua – e se mostra empolgada com ambas as ideias.

Será um passo importante para a agência, para o país e até para o mundo (…) A representação é importante. É difícil se tornar o que você não vê (…) Sou muito grata àqueles que vieram antes de mim, as mulheres e os astronautas negros que abriram o caminho para que eu estivesse aqui hoje.

Watkins esta na lista de 18 astronautas que podem integrar a missão Artemis. Essa missão é uma das mais ousadas da história porque visa estabelecer uma “ocupação” na Lua. Isto é, mais do que apenas alcançar o satélite, a ideia é criar uma espécie de base duradoura. Dessa forma, a Lua poderia se tornar estratégica para a exploração de Marte, por exemplo.

Nenhum dos nomes da lista é considerado garantido na viagem tripulada, mas podem ser utilizados. Para Watkins, essa seria uma oportunidade de fazer história como primeira mulher negra na Lua. Nesse campo, ela já é uma figura histórica por ter sido a primeira mulher negra a permanecer por longo período na Estação Espacial Internacional.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]